Exames médicos - parte 2

Já faz um tempinho que recebi a carta do consulado com a requisição dos exames médicos, mas como ninguém merece fazer exames cheia de mazelas, tive que esperar alguns dias até ficar boazinha da pneumonia e da infecção que me atacou por esses dias.

Probleminhas de saúde devidamente curados, vamos lá fazer os exames: Hemograma (HIV e VDRL - sífilis), Exame de urina e Raio-X de tórax pra ver se a tuberculose já rondou a sua vida. Consegui fazer todos os exames em Vitória mesmo e todos pagos pelo plano de saúde - o que foi uma maravilha. Então lá vai Nilma para o Rio de Janeiro. Ahhh, mas não sem antes esquecer em casa os papéis que o radiologista tem que preencher, mas lembrei a tempo.

Eu confesso que estava morrendo de medo de me perder, já que nunca fui ao Rio, mas até que foi bem tranquilo. Assim que cheguei no aeroporto consegui descobrir onde passava o ônibus que eu precisava tomar e ele colaborou passando rápido. Ele só não chegou rápido ao destino (Botafogo), foram mais de 90 minutos rodando pela cidade, eu até desconfio que fazem isso de propósito para que o turista conheça o Rio de Janeiro quase todo. A cidade é linda, e finalmente vi o Cristo Redentor (minha mãe seeempre me perguntava se eu o via quando chegava ao Rio de avião pra pegar a conexão pra Vix), o motorista do ônibus foi beeem legal e parou exatamente em frente do lugar onde eu queria ir - um shopping em Botafogo que ficava pertinho do médico.

No médico foi tudo bem, Dr Alexandre é super simpático e é a calma em pessoa, recomendo às pessoas que queiram fazer os exames no Rio, que procurem ele. Mas, cá pra nós, achei que os tais exames médicos fossem ser mais do que medir pressão, peso e altura.. hehehe. Ele juntou milhares de papéis aos meus exames e pronto, eu estava liberada =) voltei ao shopping e fiquei fazendo hora pra poder ir pra rodoviária e voltar pra casa.

Também consegui chegar bonitinha na rodoviária do Rio, estou virando uma mocinha e não me perdi na cidade. Mas lá as coisas não foram tão legais assim. Estava eu andando distraída e um homem se aproxima e fala: moça, sua bolsa está aberta. Imaginem o desespero que me bateu quando procurei e a coisa que MENOS estava na minha bolsa era a carteira, com toda a minha grana, documentos e a passagem pra voltar pra casa. Primeira reação: ligar pra Mário. Sabe Deus o que eu achei que ele pudesse fazer pra me ajudar, mas liguei e ele me acalmou um pouco e mandou procurar policiais.

Nunca fui tratada tão mal, os policiais não estavam nem aí pra minha situação e ficavam insinuando que eu não tinha como afirmar que fui roubada lá dentro e diziam que não podiam fazer nada e que eu não ia viajar porque a passagem tinha rodado junto com a carteira. Simplesmente isso. Bom, nem cabe contar tudo que ouvi deles aqui porque senão o post ia ficar imenso, mas quando souberam que teriam que se virar pra me levar na DP, minha carteira misteriosamente reapareceu meia hora depois, e pasmem, com tudo dentro.. inclusive o dinheiro.

Eu já estava beeem desesperada e passei o resto da noite agarrada com a minha bolsa e sem levantar nem um fio de cabelo, desisti de andar pra passar o tempo e sentei numa cadeira lá até dar a hora do meu ônibus sair. E voltei pra Vix traumatizada com o Rio, ou pelo menos com a rodoviária de lá neh.

Enfim, voltei pra casa e agora estou esperando o visto e a minha host family já tá desesperada por lá com a minha demora.

E a seguir, cenas do próximo capítulo: Air Canadaaaaa.